terça-feira, 9 de novembro de 2010

Se hay gobierno, soy a favor

Sócrates Santana
De oposição a ditadura militar (1964-1985), o que sobrou do Movimento Democrático Brasileiro convalesceu diante das facilidades do poder. O PMDB personificou o sentido de fisiologismo no país. O ranço ganhou proporções devastadoras, empurrando o principal aliado do governo petista para uma decisão crucial para a própria manutenção partidária da legenda: a construção de uma candidatura presidencial.
A entrevista concedida pelo líder do PMDB na Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (RN), revelou um partido maduro, seguro do papel que exerce sobre o tabuleiro político de Brasília. “O PMDB é, hoje, um novo partido”, frisou o líder do partido.
O pemedebista ainda expõe ou impõe – digamos assim – a fragilidade do próximo governo, creditada a suposta figura inexpressiva da presidente eleita. “Não teremos mais o Lula, que matava no peito e resolvia as questões”, sem deixar de sentenciar a condição de dependência da presidente em relação ao partido. “Dilma vai ter que ser muito mais ajudada pelo conjunto dos partidos. Nós vamos ajudar”. Quem viver, verá.

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