segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Apressado, come cru

Sócrates Santana
Em maio de 1974, o jornalista Carlos Lacerda confessou: “O momento culminante da minha vida pública foi chegar ao poder. O poder é muito bom. Não adianta querer enganar”. Apesar de pragmática, após as eleições, a única pauta de qualquer discussão dos bastidores é quem está e estará mais próximo do poder. Leia-se: quem foi eleito e quem não foi; quem será ministro ou secretário; quem tem mais ou menos poder.
Na dianteira da agenda política a base governista. Seja no âmbito federal, seja no âmbito estadual. A oposição reúne os frangalhos, aqui e acolá, aparece na imprensa, mas, todos, todos os holofotes estão voltados para os aliados dos governos. Na Bahia, a bola da vez continua com o governador Jaques Wagner.
Wagner possui gordura de sobra para queimar. Leia-se: gordura política. A vitória em primeiro turno lhe garantiu a autonomia necessária para decidir como e quem serão os seus respectivos auxiliares e interlocutores. Portanto, aos afoitos um ditado popular comumente utilizado pelo governador dos baianos: “Apressado, come cru”.

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