segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Versões são versões

Sócrates Santana
Após um ano de governo petista na Bahia, no dia 06 de novembro de 2007, o governador Jaques Wagner concedeu uma entrevista à revista Caros Amigos, publicada na edição de dezembro daquele ano. Na oportunidade, teceu comentário sobre o fim do carlismo e a formação de uma nova hegemonia política no estado, sendo apontado pela opinião publicada, como um candidato à presidência em potencial nas eleições de 2010. A alternativa ventilada na imprensa encontrou guarita, inclusive, numa pergunta realizada pelo jornalista Sérgio de Souza. O repórter sugeriu que Wagner seria o “homem que o Lula iria beijar na testa”.
Veio 2010. Lula “beijou na testa” de Dilma. Wagner foi reeleito governador dos baianos. E, hoje, às 22h, concede entrevista para uma bancada de entrevistadores formada por Mônica Bergamo (colunista da Folha de S. Paulo), Luiz Fernando Rila (editor executivo e coordenador da cobertura eleitoral do Grupo Estado), Paulo Moreira Leite e Augusto Nunes (jornalistas fixos do Roda Viva), além do cartunista Paulo Caruso.
A sabatina pode revelar duas interfaces: o prelúdio de uma carismática alternativa para as eleições de 2014 ou mais uma entrevista de um cabo eleitoral da candidatura petista à presidência. O próprio Wagner costuma afirmar entre os seus pares que um bom soldado antevê a vontade do comandante. E não esconde de ninguém que o presidente Lula é quem detêm o leme do projeto político capitaneado pelo partido de ambos. As entrelinhas, contudo, falam por si.

Nenhum comentário:

Postar um comentário