Sócrates Santana
O segundo turno da eleição presidencial deixou uma vela acesa na Bahia: o PMDB. O embate entre a candidata governista, Dilma Rousseff, e o candidato de oposição, José Serra, abriu uma fresta (não uma porta) para a agremiação baiana da legenda. A manutenção do pacto nacional selado entre o PT e o PMDB na Bahia, garantiu sobrevida para os correligionários baianos.
O segundo turno da eleição presidencial deixou uma vela acesa na Bahia: o PMDB. O embate entre a candidata governista, Dilma Rousseff, e o candidato de oposição, José Serra, abriu uma fresta (não uma porta) para a agremiação baiana da legenda. A manutenção do pacto nacional selado entre o PT e o PMDB na Bahia, garantiu sobrevida para os correligionários baianos.
Entretanto, o discurso franco de oposição da candidatura pemedebista ao governo petista no estado fraturou uma relação política no âmbito regional com conseqüências venais para o rearranjo das forças no plano nacional. Isso significa menos espaço para o partido numa possível vitória da candidatura petista. Leia-se: menos espaço para o PMDB baiano no Governo Federal. Porque, como afirmou o governador Jaques Wagner em recente entrevista para o Roda Vida: "É bom governar com partidos como o PMDB, mas não é impossível governar sem eles".
Mas, é ingênuo avaliar em política a impossibilidade do diálogo. E este argumento ganha ainda mais força se quem estiver de um dos lados da conversa for o governador Jaques Wagner. Além de não calcular com o fígado, Wagner costuma deixar a la vonté os seus pares a tomarem as decisões que mais lhe convierem. Certamente, não será diferente com a candidata à presidência, Dilma Rousseff. Só que no galinheiro baiano quem canta de galo... é Wagner.
Ao deixar o ministério da Integração Nacional para concorrer ao Palácio de Ondina, o deputado federal Geddel Vieira Lima antecipou um movimento que poderia desaguar com mais naturalidade em 2014. Não quis esperar a fila e entregou de bandeja ao PT o argumento da traição. E como Wagner costuma falar: “A culpa da traição é do traidor”. E como também não gosta de deixar nada no ar faz questão de complementar: “Salvo se o traído repetir o erro por duas vezes”. E o governador não tem o hábito de errar mais de uma vez.
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